O PROJETO COLONIZADOR NO BRASIL


Leia, atentamente, o trecho seguinte:

Em 1502, tem início a exploração do pau-brasil, pelos colonizadores portugueses, a primeira riqueza explorada pelos europeus em terras brasileiras. A mercadoria, usada para fabricar tinturas, teve grande aceitação no mercado econômico da Europa. A substância corante extraída da madeira, embora tivesse valor inferior às mercadorias orientais, foi de grande interesse para Portugal. Assim, a coroa portuguesa declarou a exploração do pau-brasil um monopólio real, e decretou que só poderia dedicar-se a essa atividade quem obtivesse uma concessão e pagasse um imposto. A primeira concessão de exploração foi conferida a Fernando de Noronha, que, até 1504, era o único que tinha permissão para explorar o pau-brasil. A coroa portuguesa doou a ele a ilha de São João, mais tarde designada por seu nome. (S. D’Agostini, S. Bacilieri, H. Hojo, N. Vitiello, M.C.V. Bilynskyj, A. Batista Filho, M.M. Rebouças1Páginas do Inst. Biol., São Paulo, v.9, n.1, p.15-30, jan./jun., 2013)

É possível relacionar a extração vegetal do período pré-colonial com os aspectos que marcam a relação entre europeus e indígenas? Assinale a alternativa que atenda à esse questionamento:


Sim. Os indígenas brasileiros participavam da extração do pau-brasil por meio da prática do escambo, considerado, por muitos historiadores, como a primeira atividade comercial brasileira.
Sim. Os índios se negaram a participarem do movimento de extração do pau-brasil, o que obrigou os portugueses à importarem a mão de obra negra para a realização desse trabalho.
Não. Quando a extração ocorreu as comunidades nativas já estavam aculturadas, vivendo em cidades, e não estabeleceram qualquer vínculo com as atividades econômicas dessa natureza.
Sim. Os índios encontrados no sul da Bahia se envolveram com tal intensidade nos processos de extração e exportação do pau-brasil que acabaram por organizar a própria empresa.
Não. A extração de pau-brasil foi uma atividade que só estava alicerçada nas relações de trabalho que vincularam o comércio holandês ao tráfico de africanos da costa.

A permanência da Corte lusitana em território brasileiro, mais precisamente na cidade do Rio de Janeiro, representou o contentamento de uns e o descontentamento de outros. Sobre os descontentes é possível afirmar que (Marque V para verdadeiro e F para falso):

(  ) Os antigos colonizadores portugueses protestaram contra as enormes concessões aos ingleses e os bispos e padres católicos eram contrários à liberdade de religião para os protestantes.

(  ) Os traficantes negreiros protestavam contra a decisão de abolir gradualmente o tráfico negreiro intercontinental, além de limitá-los às colônias portuguesas na África.

(  ) Os comerciantes reinóis sentiam-se, mais do que nunca, ameaçados porque, além de ser garantida ampla liberdade de comércio e navegação, os produtos ingleses somente pagariam 15% de tarifas alfandegárias.

Assinale a sequência correta:


V; F; F
V; F; V
F; F; F
F; V; F
V; V; V

A estrutura de vida, os costumes, os valores sociais e, principalmente, a mentalidade popular sofrem considerável influência das transformações de ordem econômicas. A mão de obra preferida, a organização urbana e os avanços na cultura, igualmente, podem sofrer o peso da economia. Assim sendo, pode-se concluir que várias modificações ocorridas na intimidade do cotidiano colonial, foram provocadas e podem ser atribuídas à produção do ouro que marcou o século XVIII. Entre elas podem ser destacadas:


a produção de alimentos é ampliada e potencializada, a integração de territórios novos através da criação de gado de corte e deslocamento do eixo econômico para o sul.
a expansão do tráfico de escravos negros africanos e a, consequente deterioração das relações  políticas e econômicas com a Inglaterra.
o respeito aos grupos de preservação das tradições indígenas, o declínio da produção cacaueira e a introdução de camponeses japoneses em território paulista.
um surto de industrialização e urbanização da região Norte, o que justifica o grande afluxo de mão-de-obra livre e imigrante para a região.
o fortalecimento da indústria paulista, a cafeicultura no Vale do Paraíba e a e a agroexportação de grãos em Minas Gerais.

Destacamos a existência de três acontecimentos importantes do final do século 18, que refletiram as ideias e práticas iluministas, as quais se constituíram em marcos da modernidade e provocaram o fim do Antigo Regime, além de influenciarem os processos de emancipação das colônias americanas. Os episódios históricos, marcos da modernidade, são (Marque V para verdadeiro e F para falso):

(  ) Revolução Industrial (1760)

(  ) Independência dos Estados Unidos (1776)

(  ) Revolução Francesa (1789)

Assinale a sequência correta:


F; F; F
V; F; V
F; V; F
V; F; F
V; V; V

A Idade Moderna assinala o advento de uma nova perspectiva sobre a sociedade e a economia que a deve manter. O Brasil, como organismo social que se organizou no período quinhentista, pode ser considerado uma resultante civilizatória totalmente inserida no panorama da modernidade. Assim, os ideais econômicos que norteiam as práticas mercantilistas podem tornar inteligível, no Brasil Colônia, a:


as manobras econômicas que caracterizam a substituição de importações. 
o aproveitamento da mão-de-obra assalariado no meio agrícola. 
investimentos consideráveis na chamada indústria têxtil do Sudeste. 
o declínio da economia de subsistência no Nordeste. 
a articulação e viabilização da empresa açucareira, principalmente, no Nordeste.

Leia com atenção:

A instalação no Rio de Janeiro de antigos órgãos administrativos existentes em Lisboa – como a Mesa da Consciência e Ordem e a criação de alguns novos – como o Banco do Brasil, o Real Horto, as academias de Medicina e Militar – garantiram ocupação de funcionários. O primeiro estabelecimento de ensino superior do Brasil foi instalado em 1808 na Bahia: a Escola Médico Cirúrgica e posteriormente outros cursos foram instalados no Rio de Janeiro. ((REZENDE, Eliane Mendonça Marquez de. [et. al.] A colonização europeia nas Américas. Uberaba: Universidade de Uberaba, 2011.)

Todas as ocorrências mencionadas no trecho citado fazem referência à qual episódio de nossa história nacional? Assinale a alternativa correta:


A invasão holandesa em Pernambuco.
A composição do Governo Geral em Salvador.
A instalação da Corte portuguesa no Rio de Janeiro.
A nomeação do Marques de Pombal como Primeiro ministro português.
A criação da Intendência de Minas em Minas Gerais.

Leia o trecho seguinte:

Homens, o tempo é chegado para vossa ressureição; sim, para ressuscitareis do abismo da escravidão, para levantareis a sagrada Bandeira da Liberdade. [...] He fazer uma guerra civil entre nós, para que não se distinga a cor branca, parda e preta, e sermos todos felizes sem exceção de pessoa, de sorte que não estaremos sujeitos a sofrer hum homem tolo, que nos governe, que só governarão aqueles que tiverem juízo e capacidade para mandar a homens. (TAVARES, Luís Henrique Dias. Introdução ao estudo das idéias do movimento revolucionário de 1798. Salvador: Liv. Progresso, 1959. p. 7-13.)

O fragmento “fazer uma guerra civil entre nós, para que não se distinga a cor branca, parda e preta” sugere que o trecho citado faz referência à qual movimento? Assinale a alternativa correta:


A guerra dos emboabas em Minas Gerais.
A revolta dos alfaiates na Bahia.
A Inconfidência mineira em Minas Gerais.
A guerra dos farrapos no sul do Brasil.
A guerra dos tamoios no Rio de Janeiro.

O Quinto, mecanismo indissociável do aparato de dominação lusitano, consistia na retenção de 20% do ouro extraído e levado às Casas de Fundição. Destaca-se, associado ao imposto, a criação da “Casas de Intendência” que se ocupava de fiscalizar essa arrecadação.

Assim considerando, importa lembrara que um outro imposto passou a ser cobrado para complementar o déficit vinculado à arrecadação do Quinto, já que os mineradores não conseguiam atingir a cota mínima de 100 arroubas anuais.

De que manobra fiscal estamos falando? Assinale a alternativa correta:


Desalojamento
Desapropriação
Confisco 
Apossamento
Derrama

Não é possível pensar, criticamente, o desenvolvimento social do Brasil durante o período colonial, sem ponderar os aspectos que fundamentam a economia açucareira. Assim, sobre a renda das exportações de açúcar praticadas, é possível afirmar que: 


Só ocasionalmente ocupou lugar de destaque nos balanços de exportação, pelo menos até a transferência da Corte para o Brasil. 
Nunca destacou-se a ponto de estar na primeira posição, sendo reconhecido, nacionalmente, como um produto de importância apenas relativa.
Sempre estabeleceu-se dentro de uma posição de relevo, durante dois decênios, equilibrando-se ao lado da borracha, do mate e dos derivados da pecuária. 
Mantinha certo status como exportação de importância mediana, pareando-se com o fumo, segundo os registros comerciais. 
Antes da exploração aurífera, ocupou o primeiro lugar na economia colonial, se mantendo como o produto mais importante. 

Muito embora a pecuária do período colonial tenha desempenhado relevante papel na ocupação de determinadas áreas do território brasileiro, ela nunca deixou de conservar sua vocação como atividade econômica complementar (dentro do panorama especializado em agro-exportação), disso decorrendo:


o controle estatal da Coroa portuguesa sobre a pecuária, por força do monopólio régio sobre o sal e a carne.
sua completa subordinação ao modelo mercantil europeu, que proibia o desenvolvimento de uma economia interna.
recorrentes crises de fornecimento dos alimentos, cuja produção era preterida pelas culturas de exportação.
sua equivalência em relação à produção agrícola na ocupação efetiva dos territórios interioranos.
o fornecimento de mercadorias para a produção canavieira e, mais tarde, mineradora, o que favorecia a geração de um superávit na balança comercial portuguesa.
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